domingo, 20 de setembro de 2009

Mulá Omar diz que tropas no Afeganistão serão derrotadas


O Mulá Mohammad Omar, líder do talibã afegão, divulgou uma nota neste sábado na qual afirma que as tropas ocidentais no Afeganistão serão derrotadas em breve, e que seus líderes deveriam aprender com as lições da história. O mulá Omar tachou de "esforços demagógicos" as tentativas dos líderes estrangeiros de "justificar uma ilegal e longa guerra imposta".

Semanas antes do oitavo aniversário da invasão liderada pelos Estados Unidos que derrubou o regime talibã, o Mulá Omar afirma que o Afeganistão será a sepultura das tropas "coloniais".

O comunicado publicado no site da insurgência, ele destaca que os soldados estrangeiros estão sofrendo com "enormes baixas e moral em queda".
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"Quanto mais o inimigo recorre ao aumento de suas forças, mais se aproximarão de uma derrota inequívoca no Afeganistão", diz a nota.

O Mulá Omar é um dos fundadores do talibã. Acredita-se que esteja atualmente no Paquistão.

Em sua mensagem, o líder fundamentalista afirma ainda que, ao manter suas tropas no Afeganistão, os países da coalizão "apenas prolongarão a atual crise, sem jamais resolvê-la".

"Os invasores deveriam estudar a história do Afeganistão desde a época da agressão de Alexandre (...) até o dia de hoje, e deveriam tirar uma lissão disto", declara.

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=9&id_noticia=115958

sábado, 12 de setembro de 2009

Sempre os estadunidenses...

Já se passaram 18 anos após a queda da ditadura do sanguinário presidente Mohammed Stad Baré, mas a Somália não conseguiu até hoje ter um governo estável e forte. Mergulhada no lodaçal da guerra civil, constitui uma dos mais fracassados Estados do mundo.

Calcula-se que 1 milhão de somalis foram mortos, enquanto outros tantos fugiram do país para salvarem suas vidas. O movimento guerrilheiro Al Sabaab ("juventude" em árabe), constituiu o braço armado da parcela de separatistas da União dos Tribunais Islâmicos (ICU) que, em 2006, controlava a maior parte do território norte e central da Somália.

Quando os EUA, com sua famigerada política externa, encorajaram a vizinha Etiópia a invadir a Somália e combater a União dos Tribunais Islâmicos, a guerrilha da Al Sabaab começou a se enfraquecer, mas sobreviveu e, depois da retirada da Etiópia do território da Somália, o poder militar da Al Sabaab cresceu e hoje controla a maior parte do território somali e vários bairros e subúrbios da capital Mogadíscio.

EUA não esquecem Mogadíscio

Idálio Soares

Africa News Agency/Sucursal da África Oriental.

A identificação de todos aqueles que foram recrutados e treinados pela Al Qaeda e, posteriormente, retornaram ao Ocidente é extremamente difícil. Um dos poucos identificados e presos na Austrália, Shanei Edou Haveis, de 27 anos, pai de quatro filhos, foi um imigrante somali que procurou vida melhor para si e sua família na Austrália.

Para seus amigos e vizinhos, ele era um "australiano" comum que havia se adaptado, perfeitamente, ao ocidental "way of life". Porém, há cerca de 18 meses, mudou de costumes e passou a visitar, frequentemente, a mesquita de Melbourne, deixou crescer a barba e passou a usar o característico traje islâmico.

Em seguida, voltou aos seus hábitos anteriores, raspou a barba, adotou o traje ocidental e começou a frequentar os bares e cafés de Melbourne. Para as autoridades, tudo isso foi para despistá-las, pois ele havia sido recrutado pela Al Sabaab.

Retirada humilhante

Hoje, o enfrentamento da ameaça não é uma tarefa fácil para os países ocidentais e, particularmente, para os EUA. Uma invasão militar norte-americana na Somália seria um fiasco, uma catástrofe.

Nos EUA ainda se lembram da batalha de Mogadíscio, em 1993, quando os EUA, em seu esforço para prenderem um somali, "senhor da guerra", 18 soldados norte-americanos foram mortos e cerca de 80 ficaram feridos em um tiroteio que durou 18 horas e terminou com a retirada humilhante das forças dos EUA.

A fim de evitarem fiasco semelhante, os EUA e os demais governos ocidentais têm depositado suas esperanças sobre o governo de transição do país, o qual, contudo, mostra que não está disposto de enfrentar a Al Sabaab, que está disseminando, incessantemente, seus objetivos e seu controle na Somália.

O movimento não dissimula que o próximo alvo de seus guerrilheiros serão os países ocidentais e, especificamente, os EUA e a Grã-Bretanha.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Sobre as Guerras

Entre 1495 e 1975, as Grandes Potências estiveram em guerra durante 75% do tempo, começando uma nova guerra a cada sete ou oito anos. As guerras foram a principal atividade dos estados nacionais europeus, durante seus cinco séculos de existência, e agora de novo, o século XXI já começou sob o signo das armas. Neste contexto, soa absolutamente cômica e desnecessária a justificativa de que as novas bases militares dos EUA, na Colômbia, tem a ver com o combate ao narcotráfico e a guerrilha local. O artigo é de José Luís Fiori.

Entre 1495 e 1975, as Grandes Potências estiveram em guerra durante 75% do tempo, começando uma nova guerra a cada sete ou oito anos. Mesmo nos anos mais pacíficos deste período, entre 1816 e 1913, estas potências fizeram cerca de 100 guerras coloniais. E ao contrário das expectativas, a cada novo século, as guerras foram mais intensas e violentas do que no século anterior (J. Levy, “War in the modern Great Power System”, Ky Lexington, 1983). Por isso, se poder dizer que as guerras foram a principal atividade dos estados nacionais europeus, durante seus cinco séculos de existência, e agora de novo, o século XXI já começou sob o signo das armas. Mas apesar disto, segue sendo um tabu falar e analisar objetivamente o papel das guerras na formação, na evolução e no futuro do sistema inter-estatal capitalista, que foi “inventado” pelos europeus, nos séculos XVI e XVII, e só se transformou num fenômeno universal, no século XX. Talvez, porque seja muito doloroso aceitar que as guerras não são um fenômeno excepcional, nem decorrem de uma “necessidade econômica”. Ou porque seja muito difícil de entender que elas seguirão existindo, mesmo que não ocorram enfrentamentos atômicos entre as Grandes Potências, porque elas não precisam ser travadas para cumprir seu “papel” dentro do sistema inter-estatal. Basta que sejam planejadas de forma complementar e competitiva.

A primeira vista, tudo isto parece meio absurdo e paradoxal. Mas tudo fica mais claro quando se olha para o começo desta história, e se entende que o sistema mundial em que vivemos, foi uma conquista progressiva dos primeiros estados nacionais europeus. E desde os seus primeiros passos, este sistema nunca mais deixou de se expandir, “liderado” pelo crescimento competitivo e imperial de suas Grandes Potências, que lutam permanentemente para manter ou avançar sua posição relativa dentro do sistema. Por isto, tem razão o cientista político norte-americano, John Mearsheimer, quando diz que “as Grandes Potências têm um comportamento agressivo não porque elas queiram, mas porque elas têm que buscar acumular mais poder se quiserem maximizar suas probabilidades de sobrevivência, porque o sistema internacional cria incentivos poderosos para que os estados estejam sempre procurando oportunidades de ganhar mais poder às custas dos seus rivais...”. (Mearsheimer, “The tragedy of the great powers”, 2001: 21).

Neste processo competitivo, a guerra, ou a ameaça da guerra, foi o principal instrumento estratégico utilizado pelos estados nacionais, para acumular poder e definir a hierarquia mundial. E as potências vencedoras - que se transformaram em “líderes” do sistema - foram as que conseguiram conquistar e manter o controle monopólico das “tecnologias sensíveis”, de uso militar. Por sua vez, esta competição pela ponta tecnológica, e pelo controle monopólico dos demais recursos bélicos, deu origem à uma dinâmica automática e progressiva, de preparação contínua para as guerras. Numa disputa que aponta todo o tempo, na direção de um império único e universal. Mas, paradoxalmente, este império não poderá ser alcançado sem que o sistema mundial perca sua capacidade conjunta de seguir se expandindo. Por que? Porque a vitória e a constituição de um império mundial seria sempre a vitória de um estado nacional específico. Daquele estado que fosse capaz de impor sua vontade e monopolizar o poder, até o limite do desaparecimento dos seus competidores. Se isto acontecesse, entretanto, acabaria a competição entre os estados, e neste caso, os estados não teriam como seguir aumentando o seu próprio poder.

Ou seja, neste sistema inter-estatal inventado pelos europeus, a existência de adversários é indispensável para que haja expansão e acumulação de poder, e a preparação contínua para a guerra é o fator que ordena o próprio sistema. Assim mesmo, como a “potência líder” também precisa seguir acumulando poder, para manter sua posição relativa, ela mesma acaba atropelando as instituições e os acordos internacionais que ajudou a criar num momento anterior. Ela é quem tem maior poder relativo dentro do sistema, e por isto, ela é que acaba sendo, quase sempre, a grande desestabilizadora de qualquer ordem internacional estabelecida.

Agora bem, a preparação para a guerra, e as próprias guerras, nunca impediram a complementaridade econômica e a integração comercial e financeira, entre todos os estados envolvidos nos conflitos. Pelo contrário, a mútua dependência econômica sempre foi uma peça essencial da própria competição. Às vezes, predominou o conflito, às vezes a complementaridade, mas foi esta “dialética” que se transformou no verdadeiro motor político-econômico do sistema inter-estatal capitalista, e no grande segredo da vitória européia, sobre o resto do mundo, a partir do século XVII.

Entre 1650 e 1950, a Inglaterra participou de 110 guerras aproximadamente, dentro e fora da Europa, ou seja, em média, uma à cada três anos E entre 1783 e 1991, os Estados Unidos participaram de cerca de 80 guerras, dentro e fora da América, ou seja, em média, também, uma a cada três anos. (M. Coldfelter, “Warfare and armed conflicts”, MacFarland, Londres, 2002). Como resultado, neste início do século XXI, os Estados Unidos tem acordos militares com cerca de 130 países, ao redor do mundo, e mantém mais de 700 bases militares, fora do seu território. E assim mesmo, devem seguir se expandindo - independente de qual seja o seu governo - sem precisar ferir necessariamente o Direito Internacional, e sem precisar dar explicações a ninguém. Por isto, soa absolutamente cômica e desnecessária a justificativa de que as novas bases militares dos EUA, na Colômbia, tem a ver com o combate ao narcotráfico e a guerrilha local, assim como os argumentos que associam a instalação do escudo anti-mísseis dos EUA, na fronteira com a Rússia, com o controle e bloqueio de foguetes iranianos. Como soa ridícula, neste contexto, a evocação do “princípio básico da não ingerência”, na defesa das decisões colombianas, polacas ou checas. Neste “jogo” não há limites e por mais lamentável que seja, os “neutros” são irrelevantes ou sucumbem, e só lhes restam duas alternativas, para os que não aceitam aliar-se ou submeter-se à potencia expansiva: no caso dos mais fracos, protestar; e no caso dos demais, defender-se.

José Luís Fiori, cientista político, é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Darfur: alto funcionário destaca papel da Líbia em conflito sudanês


Gration exaltou os esforços de Tripoli para que os movimentos rebeldes de Darfur se unam para negociar a paz e tranquilizar as tensões no país.
Cairo - O emissário americano para o Sudão Scott Gration ressaltou o papel "muito positivo" da Líbia na resolução do conflito de Darfur e em suas repercussões no Chade, durante uma reunião com autoridades egípcias, líbias e sudanesas no Cairo.
"Estou muito impressionado com o papel assumido pelos líbios", declarou ontem (23) Gration à imprensa, referindo-se aos esforços de Tripoli para que os movimentos rebeldes de Darfur se unam para negociar a paz e tranquilizar as tensões no país.
"Os líbios têm um papel muito positivo e estamos muito orgulhosos de nossa parceria com eles" nesta questão, acrescentou.
Segundo Gration, os "encontros quadripartitos" com autoridades sudanesas, líbias e egípcias serviram para tratar temas além do conflito de Darfur, evocando as relações entre o poder de Khartoum e as províncias do sul sudanês, assim como outros "problemas regionais"
http://www.africa21digital.com/noticia.kmf?cod=8815036&indice=0&canal=401

domingo, 30 de agosto de 2009

De novo, os piratas...


A crise generalizada que vive a Somália foi apontada pela organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) como “uma das dez piores calamidades humanitárias negligenciadas pelo mundo”. A instituição constatou o recrudescimento das condições mínimas de saúde no país a partir de 2006, e desde então dias melhores nunca foram vistos. Forçados a uma impotência econômica em função do desvio de ajuda humanitária orquestrada pelos Estados Unidos e ONGs estadunidenses e européias e atos de ganância, a pirataria é pecado de último recurso.

A intervenção estadunidense na Somália começou na década de 1960, assim que o país se tornou independente, sob o governo de Mohamed Siad Barre. Na época, com o mundo dividido entre Estados Unidos e União Soviética, Barre procurou ajuda dos soviéticos.

Na década de 1970, porém, os soviéticos abandonaram a Somália e decidiram se aliar à Etiópia em uma disputa por Ogaden, uma parte da região somali da Etiópia. Em pouco tempo, a Etiópia, aliada da União Soviética e de Cuba, atacou as forças de Barre e expulsou os somalis de Ogaden. Anos depois, com as tensões da Guerra Fria, os Estados Unidos decidiram procurar Barre para combater a influência soviética na África. Em 1981, os EUA passaram a enviar 100 milhões de dólares anuais em armas para Barre, mas nenhum centavo em ajuda humanitária ou desenvolvimento civil. Em um país sem medicamentos, alimentos ou infraestrutura, mas com armas de todos os tipos fornecidas por Washington, era evidente que o desenrolar dessa história seria sangrento ao levar o país a uma guerra civil. Com o fim da Guerra Fria, os Estados Unidos abandonaram a Somália novamente. Graças às armas estadunidenses, Barre sobreviveu – mas não a nação somali

A Somália entrou na década de 1990 com uma economia tão inexistente quanto o sistema político do país. Em 12 de julho de 1993, as 15 facções somalis então existentes no período da guerra haviam chegado a um acordo de estabelecer um governo de união nacional. Apesar disso, um dos partidos envolvidos, de Mohammed Farrah Aidid, havia demonstrado incerteza sobre abandonar as armas. Sendo assim, os Estados Unidos orquestraram uma operação militar em Mogadíscio, a capital somali, a fim de assassiná-lo. A casa onde estava foi invadida e após 17 minutos de bombardeios todos os 73 homens que lá estavam foram mortos. Acontece que, dentro da casa, estavam assessores de Aidid que haviam concordado naquela mesma manhã em abandonar as armas. Entre os mortos, 4 eram jornalistas estrangeiros que estavam cobrindo a decisão que poderia ter dado fim à guerra. Graças ao ataque estadunidense, a guerra continuou, quando o governo das Cortes Islâmicas, apoiado pelo povo somali e responsável pelo fim da guerra, foi rotulado pela administração Bush como uma “organização terrorista aliada à Al-Qaida”.

Os interesses estadunidenses na região estão na origem do conflito que sangra o país africano. Entre eles, a localização geográfica estratégica do país, rota mundial do petróleo, e o controle do próprio combustível. “O Conselho Supremo das Cortes Islâmicas é apenas um pretexto”, afirma Jama Mohamed, da Organização Somaliana para o Desenvolvimento Comunitário. “O principal interessado na crise são os Estados Unidos”, disse ele. Empresas estadunidenses tinham concessão para a exploração do recurso natural no país, mas com as Cortes Islâmicas isso mudou, e empresas chinesas rivais passaram a ameaçar o domínio estadunidense. Com a deflagração do último conflito promovido pelos EUA, estes têm revelado sua constante política que, em última instância, busca fragmentar forças internas para enfraquecer qualquer tipo de reação.
http://www.estadoanarquista.org/blog/?m=20090423

Nesse cenário surgiram os piratas, num país devastado pela guerra, recortado por lideranças ilegítimas e sem a mínima infraestrutura. Formados em sua maioria por pescadores, os piratas somalis organizaram-se antes que os mesmos estrangeiros de antes, somente com novos rostos, chegassem para “reconstruir” o país. Eles representam o povo sofrido desse país que, de mão em mão, foi destruído desde o dia que nasceu

sábado, 1 de agosto de 2009

Meu Deus, o que fizemos?


Quando as chamas começaram a apagar-se cedendo lugar a uma espessa e corrosiva chuva negra, os sobreviventes da cidade além de chorar os seus cerca de oitenta mil mortos, verificaram, cheios de espanto e terror, que Hiroxima havia simplesmente desaparecido.
A bordo do Enola Gay, ao olhar o aterrorizante cogumelo de fogo e cinza que se erguia a centenas de metros, o Capitão Robert Lewis, co-piloto do Coronel Tibbets murmurou:
“Meu Deus, que fizemos”.
Cerca de 92% dos edifícios e casas foram destruídas num raio de 4 kms. Criou uma luminosidade que cega e em queda uma bola de fogo com uma temperatura no núcleo de cerca de um milhão de graus. A bola de fogo expandiu-se de 25,6 metros para 256 de diâmetro num segundo, criando uma enorme onda de explosivos e em seguidas ondas de abalos. Ventos de 1600 quilómetros/hora e poeira são sugados para cima e criam nuvens em forma de cogumelo, que espalha detritos radioactivos. Entre 70 mil e 80 mil pessoas terão morrido instantaneamente. Milhares de vítimas que estavam queimadas, mutiladas, cegas pelo clarão da explosão, vagavam entre os cadáveres calcinados e uma quantidade incalculável de escombros, procurando desesperadamente socorro.
No dia 9 de Agosto seria lançada nova bomba atómica, alcunhada de Fat Man, desta feita em Nagasaqui.

Meu Deus, o que fizemos?



Hiroshima e Nagasaki não foram as primeiras cidades do Eixo a serem bombardeadas pelas forças Aliadas, nem foi a primeira vez que tais bombardeamentos causaram um grande número de mortes civis e foram (ou, antes, viriam a ser) considerados controversos.
O bombardeamento de Tóquio em março de 1945 poderá ter matado até 100 mil pessoas. Cerca de sessenta cidades japonesas tinham, a essa altura, sido destruídas por uma campanha aérea massiva, incluindo grandes ataques aéreos na capital e em Kobe. Na Alemanha, o bombardeio Aliado de Dresden teve como resultado quase 30 mil mortes.
http://www.youtube.com/watch?v=mrJgYwIlG0Y
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Nagasakibomb.jpg

Meu Deus, o que fizemos?



Em seis de agosto, um terrível aniversário: Nesta data, em 1945, Hiroxima era destruída pelo primeiro ataque atômico protagonizado pela humanidade. Às 7h47 de 6 de Agosto de 1945 são verificados pela última vez, todos os circuitos do Enola Gay. Doze minutos depois o Coronel Paul Tibbets avista Hiroxima. A manhã é clara, com raríssimas nuvens no céu. Às 8h 15 minutos, o Major Tom Ferebec, enquadra no visor de sua mira uma ponte sobre o rio Ota, que corta Hiroxima.
Ao aproximar-se de Hiroxima o B-29 voava a mais de 9 mil metros, mas, para lançar a bomba, teve que descer até 4.550 metros. Após o lançamento como fora instruído o Coronel Tibbets teria de se afastar imediatamente do alvo, para não ser apanhado pelas ondas de choque provocadas pela explosão da bomba atómica. Às 8h15 minutos, a bomba a que levava o nome de Litle Boy é lançada da Superfortaleza voadora B-29, quarenta e três segundo depois Hiroxima já é um mar de chamas.

África é nova vítima do imperialismo



Athanasios Pafilis
O Deputado do Parlamento Europeu e secretário-geral do Conselho Mundial da Paz, o grego Athanasios Pafilis, apontou, neste sábado (25), o continente africano como ''a nova vítima das intervenções e rivalidades imperialistas''. Ao participar do painel ''Solidariedade aos povos em luta'', na 2ª Assembléia Nacional do Cebrapaz, ele afirmou que há uma tentativa de controlar as riquezas do país, sinalizada com forte presença militar sob a justificativa de ''controlar'' conflitos locais.

Segundo Pafilis, mais de quatro milhões de pessoas foram mortas no ultimo 15 anos, na África. ''A pobreza e a miséria são uma praga nesse continente que já se constitui como a nova do imperialismo'', disse, afirmando que alguns países expõem uma ''preocupação hipócrita'' com a região.

''A África foi tópico de discussão do encontro do G-8, em Rostock. Mas, por trás de tudo isso está a tentativa de controlar os recursos de produção de riquezas. A presença militar lá, com o pretexto de cuidar dos conflitos, é forte e está aumentando'', colocou o parlamentar.

Ele detalhou que o aumento de tropas militares estrangeiras no continente se deu precisamente na área que é rica em petróleo, no sub-saara. Hoje, há quatro bases francesas em Djibuti, Dakar e Gabão.

Já os Estados Unidos, informou Pafilis, mantêm presença militar em 25 países africanos. ''O último passo foi a fundação do Africom, o comando especial dos EUA na áfrica. A presença militar da França, Inglaterra e União Européis de forma geral também cresce'', colocou, afirmando que a recente visita dos presidente Barack Obama à África nada teve a ver com resgatar o passado do norte-americano.

De acordo com o secretário-geral do CMP, os conflitos na África são resultados exatamente de intervenções imperialistas, ''que encorajam movimentos secessionistas e a instabilidade, transmitindo um retrato de países imersos em conflitos éticos, regionais ou internos, para poder controlar o petróleo e o poder político nesses países por meio de presença militar''.

O deputado grego ponderou ainda sobre as ''esperanças'' depositadas em Obama. Segundo ele, o norte-americano cria ilusões. ''A forma de tratar é diferente do governo Bush, mas no fundo, eles é tudo igual'', declarou, afirmando que o jeito Obama pode até ser mais ''perigoso'', por ''desorienta as pessoas''.

Luta palestina é luta por sobrevivência


www.cebrapaz.org.br
Fátima Ali relata situação palestina

''A luta do povo palestino não é só de resistência, mas de sobrevivência''. Foi com essa constatação que a representante da Federação Árabe Palestina, Fátima Ali, abriu, no sábado (25), o painel ''Solidariedade aos povos em luta'', na 2ª Assembléia Nacional do Cebrapaz. Segundo ela, após 61 anos da criação do Estado de Israel, a Plestina vive um regime de apartheid. Fátima defendeu que o tema é de interesse não apenas do povos Árabes, uma vez que Israel funcionaria como uma base militar dos Estados Unidos.

''Temos ali uma extensão do imperialismo estadunidense, com o qual contribui Israel, para a eliminação dos restante de nove milhões de palestinos que ainda existem pelo mundo. Por isso, digo que essa é uma luta de sobrevivência'', afirmou.

Fazendo um resgate histórico do porblema palestino, que começou em 1897 após o primeiro congresso sionista, ela citou elementos que caracterizam uma situação de apartheid. De acordo com Fátima, o local hoje é divido em bantustões (pseudo-estados de base tribal criados pelo regime do apartheid na África do Sul, de forma a manter os negros fora de terras dos brancos) e separado por um muro com mais 700 quilômetros e 8 metros de altura.

''O muro divide cidades, passando por dentro de casas e é controlado por check points (pontos de controle), que são os únicos lugares por onde os palestinos podem passar. Então stamos, sim, nos omitindo já que, em pleno século 21, temos um país que ocupa militarmente outro'', colocou, afirmando que há ali uma base militar norte-americana ''montada em forma de estrutura de um estado, que é Israel, possuidora do segundo maior exército do mundo''.

Fátima detalhou ainda que todo o controle hídrico da região é feio por Israel, que também transformou as terras férteis em colônias judaicas. De acordo com ela, o território chamado de Autoridade Nacional Palestina é inviável, uma vez que não tem seqüência territorial, sendo obrigatório o acesso por dentro de Israel.

''E Israel escolhe quem pode ou não passar. Ou seja, o povo palestino está sendo privado de seu direito de retorno, é impedido de voltar à sua pátria. Muitas vezes somos deportados no aeroporto ou na ponte'', denunciou.

A representante da Fepal classificou como de humilhação a situação dos palestinos. ''São mais de 11 mil presos palestinos, sem direito a julgamento, nos cárceres israelenses. Dos nove milhões de palestinos existentes no mundo, quatro milhões vivem na Palestina, outros quatro milhões estão em difícil situação, em campos de refugiados pelo Oriente Médio, e um milhão vive espalhado no mundo.

Ao apontar o Estado de Israel como racista e colonizador, Fátima afirmou que os movimentos em prol do povo palestino defendem a criação de um estado laico e democrático, que não seja baesado em uma única religião, como o que acontece hoje no território dos judeus.

Em um depoimento emocionado, ela relembrou a campanha contra o povo árabe, palestino e, em especial, muçulmano, que começou após o 11 de setembro. ''Não nos esqueçamos de que tem um povo sendo exterminado da face da terra. E é um povo que luta diariamente contra o imperialismo'', encerrou, após ler o poema ''Confissão de um terrorista'', escrito por Mahmoud Darwich.

Cebrapaz: ‘Não aceitamos mais golpe na América Latina'


Cebrapaz: ‘Não aceitamos mais golpe na América Latina'
Realizado no dia em que o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, voltou - ainda que rapidamente - ao seu país, o ato de abertura da 2ª Assembleia Nacional do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) transformou-se também em uma manifestação contra o golpe. "Defender a resistência em Honduras...

terça-feira, 28 de julho de 2009

PANDEMIA... DE LUCRO...

No mundo, todos os anos morrem dois milhões de pessoas vítimas da malária, que poderia ser prevenida com um simples mosquiteiro. E os jornalistas não dizem nada disso.
No mundo, todos os anos dois milhões de meninos e meninas morrem de diarréia que poderia ser tratada com um soro oral de 25 centavos. E os jornalistas não dizem nada disso.
Sarampo, pneumonia, doenças curáveis com vacinas baratas, causam a morte de dez milhões de pessoas no mundo todos os anos. E essas notícias não são divulgadas. Mas há alguns anos atrás, quando a gripe aviária surgiu, inundaram o mundo de notícias, sinais de alarme…
Uma epidemia,a mais perigosa de todas! Uma pandemia! Só foi falado da terrível doença das galinhas..
Porém, o influenza causou a morte de 250 pessoas em todo o mundo. 250 mortos durante 10 anos, para o qual dá uma média de 25 vítimas ano.
A gripe comum mata meio milhão de pessoas todos os anos no mundo. Meio milhão contra 25.
Um momento. Então, por quê se armou tanto escândalo com a gripe aviária?
Está claro. Porque atrás dessas galinhas havia um "galo", um galo de espora grande.
O Laboratório farmacêutico Roche com o seu famoso Tamiflú, vendendo milhões de doses aos países asiáticos.
Embora o Tamiflú é de efetividade duvidosa, o governo britânico comprou 14 milhões de doses para prevenir a população deles.
Com a gripe aviária, Roche e Relenza, as duas grandes companhias farmacêuticas que vendem esses antivirais, obtiveram milhões de dólares de ganância.
Antes com as galinhas e agora com os porcos. Sim, agora a psicose começou com a gripe suína. E os jornalistas do mundo só falam disto.
Eu desejo saber: se atrás das galinhas havia um "galo", atrás desses porcos não haverá um "grande porco"?
Porque indubitavelmente são as multinacionais poderosas que vendem os remédios supostamente milagrosos.
E a quanto eles vendem o "milagroso" Tamiflú? 50 dólares a caixa.
50 dólares uma caixa de pastilhas? Que negocião!
A companhia norte americana Gilead patenteou o Tamiflú. O acionista principal desta companhia é um personagem sinistro, Donald Rumsfeld, o secretário de defesa de George Bush, autor da guerra contra o Iraque.
Os acionistas do grupos Roche e Relenza estão se dando as mãos, felizes com as vendas milionárias do duvidoso Tamiflú.
A verdadeira pandemia é o lucro, a enorme ganância destes mercenários da saúde.
Se a gripe suína é uma pandemia tão terrível como anunciam os meios de comunicação, se para a Organização mundial da Saúde (OMS) ela preocupa tanto, por quê não declara isto como um problema de saúde pública mundial e autoriza a fabricação de medicamentos genéricos para a combater?

segunda-feira, 20 de julho de 2009

África: Reduzir a mortalidade infantil



Luanda – Para acelerar a redução da mortalidade de crianças menores de cinco anos e a mortalidade materna, o Ministério da Saúde com o apoio da OMS e do UNICEF vai realizar entre os dias 14 a 28 de Junho de 2009, a segunda campanha ″Viva a Vida com Saúde", que prevê imunizar contra o sarampo e a poliomielite crianças menores de cinco anos, ministrar Albendazol e Vitamina A e vacinar contra o tétano mulheres em idade fértil.
Com esta campanha, o Ministério da Saúde prevê vacinar 3,3 milhões de crianças de 9 a 59 meses de idade contra o sarampo, 4 milhões de crianças dos 0 aos 59 meses de idade contra a pólio, 1,5 milhões de mulheres em idade fértil contra o tétano em 10 províncias e administrar uma dose suplementar de vitamina A e Albendazol a 3,5 e 3,1 milhões de crianças, respectivamente.
Pelo facto de a maioria dos técnicos de saúde estarem concentrados nas unidades sanitárias das sedes municipais e as cadeias de frio funcional para a conservação de vacinas estarem igualmente nestas localidades, em cada fase da campanha as actividades serão realizadas primeiro na área urbana, entre os dias 14 a 18 de Junho e posteriormente nas zonas rural, entre os dias 19 a 28 de Junho.
Para as zonas rural a campanha será realizada através de equipas avançadas e móveis de saúde, que serão instaladas em locais de maior concentração de crianças e de mulheres.
Durante a campanha estarão envolvidos todos os profissionais de saúde, funcionários do Ministério da Saúde, das ONG´s e do sector privado, estudantes finalistas das escolas de enfermagem e de medicina formados e capacitados para participarem, coordenarem e supervisionarem as actividades locais.
Para o sucesso da segunda campanha ″Viva a Vida com Saúde″, o Ministério da Saúde contará com o envolvimento inter-ministérial, das agências das Nações Unidas, da sociedade cívil, das autoridades tradicionais, das igrejas e sobretudo dos órgãos de informação para sensibilizarem as populações a aderirem à vacinação nos diferentes postos a serem criados.

domingo, 19 de julho de 2009

Assembléia Nacional CEBRAPAZ

Estou postando, com considerável atraso, algumas informações sobre a Assembléia Nacional do CEBRAPAZ.
Inscrição - 150 reais, que inclui noite no hotel na sexta e sábado, almoço e lanche.
O importante é estarmos na sexta-feira à tarde lá; O evento começa na sexta à noite, sábado o dia todo e domingo, que eu saiba, termina pelo meio dia. )
Penso que teremos uma excelente assembléia, e que não nos faltará ânimo e disposição para depois construirmos o CEBRAPAZ por aqui.

ASSEMBLÉIA
Local: Centro de Convenções Sulamerica:
Endereço: Av. Paulo de Frontin com Av. Pres. Vargas - Cidade Nova - RJ.
Telefone: (21) 3293-6700.

Página na internet (com mapa do local): http://www.ccsulamerica.com.br/PgLocalizacao.php
Hospedagens

Convidados Nacionais

Hotel Rios Presidente
Endereço: Rua Pedro I, nº19 - Centro - Rio de Janeiro/RJ
Como chegar
Telefone: (21) 2123-5900

Página na internet (com mapa do local): http://www.riospresidentehotel.com.br/intp/mapa.htm

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O Brasil não deve assinar o TLC com Israel


http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=330

O TLC significa uma preferência comercial no intercâmbio entre países, seja pela importância econômica que esse intercâmbio têm para as partes envolvidas, seja por uma decisão política de prioridade de parceria entre eles. Esse privilégio se dá entre os países do Mercosul, entre os países do Brics, do Mercosul com a União Européia, entre outros exemplos.

O Brasil nunca teria assinado um TLC ou qualquer acordo preferencial com um país como a África do Sul, na época do apartheid. Era um regime racista, discriminatório, que não obedecia às determinações da ONU para acabar com a política de apartheid, que significava que havia cidadãos de duas classes, que o país tinha verdadeiras cercas que impediam a circulação dos negros em várias partes do país, que não podiam viajar livremente dentro e fora do país.

Israel conseguiu o direito de ter um Estado e nega esse mesmo direito aos palestinos, direito reconhecido pela ONU, que reiteradamente decide que Israel deve terminar com a ocupação dos territórios palestinos.

Israel é uma potência de ocupação. Esquarteja o território palestino, com mais de 400 quilômetros de muros, que separam palestinos de palestinos. Instala assentamentos com colonos judeus no meio de cidades e ao longo de todo o território palestino, expropriando e derrubando casas de palestinos, protegidos militarmente, de onde saem regularmente grupos extremistas para provocar aos palestinos, queimar suas plantações – inclusive as centenárias oliveiras.

Israel promove uma verdadeira política de apartheid, muito pior que as ocupações coloniais clássicas. Inviabiliza a sobrevivência cotidiana dos palestinos, para obrigá-los a se submeter a ser superexplorados como trabalhadores de segunda categoria em Israel. Ou para que emigrem. Os assentamento e os muros vão espremendo os palestinos, deixando-lhes pouco espaço para suas casas e suas terras, Israel tenta estrangulá-los.

O próprio presidente Lula chamou o massacre de Gaza pelo seu nome: genocídio. Um dos exércitos mais poderosos e violentos do mundo invadiu território palestino e diante da maior concentração de população do mundo, atacou, destruiu, assassinou a uma população indefesa. Destruiu milhares de casas, a hospitais, escolas, universidades, locais da ONU, não poupou nada. E seis meses depois nada foi reconstruído em Gaza. Apesar de uma conferência que mobilizou recursos, nada pôde entrar, nem pelo corredor controlado e bloqueado criminosamente por Israel, nem tampouco, absurdamente, pelo corredor controlado pelo Egito. Remédios e comida apodrecem no deserto, do lado de fora de Gaza, onde morrer diariamente crianças, jovens, idosos, vítimas de doenças, de epidemias e de outras causas, vítimas do cerco a que Gaza é submetida.

Não há nenhum sentido que o Brasil privilegie o comércio com Israel, um país responsável pelas piores violações dos direitos humanos no mundo contemporâneo, que não obedece decisões básicas da ONU há décadas, que atua como potência de ocupação, cometendo diariamente violências sistemáticas contra o povo palestino e seu direito inalienável de possuir um Estado soberano, da mesma forma que Israel goza há mais de meio século.

Não basta afirmar que não serão contemplados artigos produzidos nos ilegais assentamentos de colonos israelense nos territórios palestinos. Como vamos negociar privilegiadamente com Israel, sabendo que os recursos que obtenham podem perfeitamente ser utilizados para pagar salários a seus militares que oprimem diariamente aos palestinos? Que podem usar esses recursos para construir mais muros, mais assentamentos – todos ilegais e opressivos – contra os territórios palestinos, sabotando qualquer possibilidade de negociação real para que existam dois Estados, com os mesmos direitos?

O Brasil não deve assinar o Tratado de Livre Comércio com Israel, aprovado pelo Mercosul, mas que deve ser referendado por cada um dos quatro países que o compõem. Não apenas não deve assinar, declarando que só o fará a partir do momento em que Israel retire suas tropas de ocupação dos territórios palestinos, que obedeça as decisões da ONU sobre o direito a um Estado palestino, soberano, com fronteiras contínuas, com o retorno dos exilados, com a retirada dos assentamentos e a destruição dos muros. Antes disso, nenhuma relação privilegiada com Israel. Ao contrário, boicotar os produtos israelenses, os intercâmbios culturais com esse país, como foi feito com a África do Sul. Até que termine a ocupação genocida da Palestina e a paz seja restabelecida na região, com a justa reivindicação do Estado palestino.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Encontro Estadual

Repúdio ao golpe em Honduras!


O CEBRAPAZ RS vem a público declarar solidariedade ao povo hondurenho em seu direito inquestionável a autodeterminação política e repudiar veementemente as oligarquias de direita latino-americana, inconformadas com o avanço da democratização deste continente, com as transformações conquistadas através de governos legitimamente eleitos e por conseguinte das melhorias de vida das populações habitualmente excluídas.
O CEBRAPAZ RS expressa seu apoio ao presidente Manoel Zelaya e entende que a negativa de realização do plebiscito, partiu das oligarquias locais e encontrou apoio tanto na mídia golpista quanto em setores militares atrasados. a serviço do capital e do imperialismo mundial, inconformado com os avanços populares.

Todo apoio ao povo hondurenho!
Repúdio aos golpistas!
Pelo retorno imediato de Manoel Zelaya à presidencia de Honduras!
Pela realização do plebiscito e pelo respeito ao seu resultado.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Em 2008, bancos tiveram mais ajuda que pobres em 50 anos


Em 2008, bancos tiveram mais ajuda que pobres em 50 anos

Segundo dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU), enquanto os países pobres receberam, em meio século, cerca de US$ 2 bilhões em doações de países ricos, bancos e outras instituições financeiras ganharam, em apenas um ano, US$ 18 bilhões em ajuda pública. A ONU alertou que a crise econômica mundial piorará ainda mais a situação dos países mais pobres, agravando os problemas da fome, da desnutrição e da pobreza.

Redação - Carta Maior

O setor financeiro internacional recebeu, apenas em 2008, quase dez vezes mais recursos públicos do que todos os países pobres do planeta nos últimos cinqüenta anos. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (24) pela campanha da Organização das Nações Unidas (ONU) pelas Metas do Milênio, destinada a combater a fome e a pobreza no mundo. Enquanto os países pobres receberam, em meio século, cerca de US$ 2 bilhões em doações de países ricos, bancos e outras instituições financeiras ganharam, em apenas um ano, US$ 18 bilhões em ajuda pública.

A ONU alertou que a crise econômica mundial piorará ainda mais a situação dos países mais pobres, lembrando que, na semana passada, a Organização para a Agricultura e Alimentação (FAO) afirmou que a crise deixará cerca de 1 bilhão de pessoas passando fome no mundo.

A revelação foi feita no início de uma conferência entre países ricos e pobres, que ocorre na sede da ONU, em Nova York, para debater o impacto da crise. Segundo o diretor da Campanha pelas Metas do Milênio, Salil Shetty, esses números mostram que a destinação de recursos públicos ao desenvolvimento dos países mais pobres não é uma questão de falta de recursos, mas sim de vontade política.

“Sempre digo que se você fizer uma promessa e não cumprir, é quase um pecado, mas se fizer uma promessa a pessoas pobres e não cumprir, então é praticamente um crime”, disse Shetty à BBC. “O que é ainda mais paradoxal”, acrescentou, “é que esses compromissos (firmados pelos países ricos para ajudar os mais pobres) são voluntários”. “Ninguém os obriga a firmá-los, mas logo eles são renegados”, criticou o funcionário da ONU.

Um dos efeitos desta perversa distorção foi apontado pela FAO: a quantidade de pessoas desnutridas aumentará no mundo em 2009, superando a casa de um bilhão. “Pela primeira vez na história da humanidade, mais de um bilhão de pessoas, concretamente 1,02 bilhão, sofrerão de desnutrição em todo o mundo”, advertiu a entidade. A FAO considera subnutrida a pessoa que ingere menos de 1.800 calorias por dias.

Do total de pessoas subnutridas hoje no mundo, 642 concentram-se na Ásia e na região do Pacífico e outras 265 milhões vivem na África Subsaariana. Na América Latina e Caribe, esse número é de 53 milhões de pessoas. Em 2008, o total de desnutridos tinha caído de 963 milhões para 915 milhões. O motivo foi uma melhor distribuição dos alimentos, Mas com a crise, o quadro de fome no mundo voltará a se agravar. Segundo a estimativa da ONU, um milhão de pessoas deverão passar fome no mundo nos próximos meses.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Orgulhosa África, Poderosa África


Regina Abrahão*

Várias notícias dão conta, desde maio, de uma reunião ocorrida em meados de abril em Dakar, que tratou de política referente aos países emergentes, e de outros nem tanto. Preocupações com a África, onde, segundo eles, as perspectivas para o continente são ainda mais sombrias. Para os já quase um bilhão de habitantes espalhados por 53 países,16 deles vivendo em conflitos étnicos e sociais, 40% da população total vivendo abaixo da linha da pobreza, a crise mundial tenderá a ser ainda mais perversa.

Mas o que poderia ser mais perverso para quem, num único conflito recente teve como saldo um milhão de mortos (Sudão), a mais baixa expectativa de vida do mundo (37 anos, Zimbábue) e segundo a ONU detém os primeiros vinte primeiros lugares da lista de piores países para se viver?

A saída para o neoliberalismo, e o que eles propõem para a África certamente será o mesmo antiquado e azedo remédio que já provou ser ultrapassado. Não deu certo em nenhum país do mundo. Pena que o povo de memória curta, o mesmo que esbravejava contra a intromissão do Estado no mercado, na primeira dor-de-barriga do Deus mercado correu pedindo remédio para o tão ineficaz estado. Eles, os liberais podem. As economias emergentes, não. A GM, os bancos, as corretoras, construtoras, estes todos podem receber auxílio estatal. eles podem ser abençoados por Deus Mercado. Quanto aos emergentes, ponham-se em seu lugar. Este é o pensamento neoliberal. E é este o pensamento que temos que quebrar. Porque os espoliados, sejam da América Latina, da África, da Ásia, somos nós quem ainda sustentamos os luxos e as excentricidades. Deles, que acham normal existirem cidadãos de classes diferenciadas. Na prática, um tipo um pouco mais disfarçado de escravidão.

domingo, 21 de junho de 2009

África - Perspectivas sombrias pela crise


África

Perspectivas sombrias pela crise


Dakar (Prensa Latina) Perspectivas sombrias para África prevá um relatório do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), cujo conselho de governadores começou hoje aqui sua reunião anual.
Os delegados debaterão o relatório do exercício fiscal 2008-2009, o qual destaca o decrescimento econômico que sofrerá o continente com motivo da crise financeira mundial.
O documento intitulado "Perspectivas Econômicas na África" indica que a atual situação econômica incidirá em uma queda do Produto Interno Bruto de 2,8 por cento em 2009 de uma previsão de 5,7.
Os preços das exportações caíram mais que os preços das importações, refere o relatório, para provocar assim um choque negativo em termos de intercâmbio comercial para os africanos.
Também explica o documento a diminuição de 18 pontos percentuais da ajuda que recebe Africa por conceito de doações ou por emergências de saúde ou de catástrofes.
Pelo menos mil 500 pessoas, incluídos ministros de Finanças e de Economia, outros servidores públicos e especialistas participam no encontro nesta capital programada até a próxima quinta-feira.
http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=8430b32b5bac908e765df8813d4405c5&cod=4064

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O Estado Palestino segundo Israel



Nada melhor do que uma boa mentira, bem contada muitas vezes, até tornar-se uma quase verdade. Desta maneira, Israel falar em Estado Palestino pode parecer um avanço. Para a mídia reacionária, dizer não para a proposta de Israel, é o pretexto ideal esperado e que justificaria todas as agressões ao povo palestino. Segundo o Então, vamos à proposta do que seria o tal “Estado” Palestino:

• Seria completamente desmilitarizado, ou seja, não poderia ter exército, nem marinha, nem aeronáutica e não poderia vigiar suas fronteiras, que também não seriam bem definidas;

• Não poderia ter nenhum controle do seu espaço aéreo;

• Teria que abster-se de forma pública e declarada de qualquer contato e relações com o Irã e o agrupamento político do Hezbolláh, que atua no Líbano;

• Deve reconhecer de público o caráter “judeu” de Israel;

• Não poderia nunca “incitar” o ódio contra judeus;

• A solução para o problema dos refugiados palestinos deve ser encontrado fora das fronteiras de Israel e com a ajuda da comunidade internacional;

AS RAZÕES DOS PALESTINOS:

1. Pouco muda na proposta com relação ao atual formato da Autoridade Nacional palestina. Esta não tem quase nenhuma autonomia, apenas poder de polícia. Não emite dinheiro, nem cobra impostos, nem fiscaliza fronteiras. Assim quer Netanyahu para o “estado” palestino;

2. Não há menção alguma a fronteira desse “estado”, ou seja, nada fala sobre as fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias de junho de 1967. Caso um Estado palestino fosse criado nesse território, ainda assim ele seria apenas 22% da Palestina histórica;

3. Ao pedir que palestinos reconheçam o “caráter judeu” de Israel, proposta do partido fascista Israel Beitenu, de Avigdor Liebermann, seria como se quase 1,5 milhão de palestinos abrissem mão de sua origem e cidadania palestina, abjurando de sua história, de seu passado, de suas tradições e declarasse lealdade e fidelidade a um estado teocrático judaico. Um verdadeiro absurdo essa proposta, inaceitável;

4. Existem quatro milhões de refugiados palestinos, que vivem espalhados pelo mundo. Netanyahu quer que eles nunca mais retornem, nega-lhes esse direito, como todos os governos israelenses negaram nesses 61 anos da Nakba. Ou seja, judeus de qualquer parte do mundo podem retornar quando quiserem e serão recebidos de braços abertos pelos israelenses, mas palestinos tem que continuar no seu exílio forçado;

5. Quanto às colônias e assentamentos, até menciona em não expandi-las mais, mas fala que elas terão um “crescimento natural” (se expandirão sempre);

6. Por fim, a questão da capital. Se os palestinos quiserem, que pensem em outra cidade para ser a sua capital, mas Jerusalém seguirá como “capital indivisível de Israel” (sic).

• Jerusalém seguiria como capital indivisível do Estado de Israel.
Fonte:http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=58145
A posição de Israel contra o Estado Palestino
Lejeune Mirhan

quarta-feira, 17 de junho de 2009

A ausência da mediação no Afeganistão



Enquanto isso, avalia-se o Afeganistão como um território em que não é possível reprimir atividades ilegais, em especial o tráfico do ópio – o país seria supostamente responsável por quase 90% da produção mundial do produto. Para muitos agricultores, o cultivo da papoula é a única fonte satisfatória de subsistência, por ser de fácil comércio e de difícil repressão, em decorrência da postura cotidiana das forças policiais: omissão ou corrupção.

Atualmente, a polícia afegã conta com cerca de 80 mil efetivos, número similar aos das forças armadas, porém ainda visto como insuficiente para enfrentar de modo regular a guerrilha talibã. Eis uma das justificativas para o aumento de tropas em solo afegão. Registre-se que há quase 70 mil combatentes agregados ora sob estandarte norte-americano, ora ‘otaniano’.
Leia mais em:
http://www.correiocidadania.com.br/content/view/3354/102/

terça-feira, 16 de junho de 2009

CEBRAPAZ RS prepara sua plenária estadual


Está marcado para o dia 01 de julho deste ano a Plenária Estadual do CEBRAPAZ,atividade preparatória para a Segunda Assembléia Nacional do Cebrapaz, a ser realizada na cidade do Rio de Janeiro, entre os dias 24 a 26 de julho do corrente ano. Quando também haverá o lançamento do livro sobre a Reativação da Quarta Frota na América Latina, publicado pelo Cebrapaz em parceria com a FESPSP. O livro traz as intervenções do seminário realizado nesta casa de estudos no último mês de novembro.

A Plenária Estadual contará com
Pietro de Jesús Lora Alarcón - Professor de História da América Latina da USP
Paulo Vicentini Professor - pesquisador do depto de Relações Internacionais da UFRGS
Socorro GOmes - Presidenta do Conselho Mundial da Paz
Plenarinho da Assembléia Legislativa, 18h, 01/07

Crise Internacional, Quarta Frota e América Latina

Trabalho escravo no mundo


A OIT produziu uma pesquisa com 300 pessoas, vítimas de trabalhos forçosos, que haviam migrado de países do leste europeu - Albânia, República de Moldova, Romênia e Ucrânia - para nações como Alemanha, França, Japão, Hungria e Reino Unido. O trabalho forçado predomina nos setores em que existem muitas relações informais de trabalho. Segundo o levantamento, 43% dos entrevistados haviam sido submetidos a coação em setores como trabalho doméstico, nas pequenas indústrias e restaurantes e na produção de alimentos.
Ainda segundo a pesquisa, 23% dos entrevistados foram obrigados a se prostituírem. Outros 21% dos que migraram do Leste Europeu tiveram como destino o setor da construção civil e 13% a agricultura.
Leia mais em
http://www.adital.com.br/site/noticia2.asp?lang=PT&cod=18016

Os militares contra Cheney e a tortura


Enquanto começa a perder gás a atual operação do conservadorismo republicano bancada pelo império de mídia de Rupert Murdoch (Fox News, etc), agora na obsessão de impedir a aprovação de Sonia Sotomayor para a Suprema Corte, vale voltar à operação anterior, na qual a mesma gente (Dick Cheney, Rush Limbaugh & o resto da turma) acusava o governo Obama de “enfraquecer” o país por repudiar a tortura.
Ironicamente, o golpe de misericórdia contra a conspícua ofensiva extremista liderada pelo vice de George W. Bush veio de personalidades respeitadas da própria área militar. Entre elas, a estrela maior, general David Petraeus (foto acima), o mais alto chefe do Comando Central dos EUA, exaltado pela direita republicana como herói desde que propôs – e liderou – o plano do reforço de tropas (surge) no Iraque.
leia mais em
http://argemiroferreira.wordpress.com

Oriente Médio IRÃ - A FRAUDE DA MÍDIA


A vaselina de Obama chegou lá com data vencida.
A mídia no mundo ocidental, cristão e democrata cumpre o papel que lhe cabe na parceria com o terrorismo de Israel. Fala em fraude. Moussavi buscar criar condições para uma convulsão social no Irã, tenta desconhecer a realidade. Mais de 60% dos iranianos não escolheram um representante do governo dos EUA e traidor dos ideais da revolução islâmica e popular do Irã, um empresário cooptado pelo terrorismo nazi/sionista de Israel.
A esmagadora maioria dos eleitores iranianos percebeu que Moussavi iria cair de joelhos diante de Obama, interromper o programa nuclear do país – vital para a garantia de sua independência – e que os palestinos e muçulmanos de um modo geral não ganhariam mais que um pirulito para achar que de fato os de Israel são superiores e norte-americanos completam o duo terrorista e nazista.
É preciso agora mostrar aos incautos do resto do mundo que houve “fraude”. Que a vontade popular foi desrespeitada. O problema é que a diferença entre um e outro candidato não foi de um ponto percentual, mas Ahmadinejad teve o dobro dos votos de seu adversário. Difícil falar em fraude.
Leia mais:
http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=f1676935f9304b97d59b0738289d2e22&cod=4335

sábado, 2 de maio de 2009

Em 1991, o governo da Somália, lá no chifre da África, entrou em colapso. Desde então, nove milhões de pessoas estão à beira da fome e da miséria. E foi então que muitos países viram isso como uma grande oportunidade para roubar o suprimento de comida do país e jogar lixo nuclear em seus mares.

Lixo nuclear, exato! Assim que o Governo faliu, misteriosos navios europeus começaram a aparecer na costa da Somália, jogando vários barris para dentro do oceano. A população costeira começou a adoecer. No começo apareceram estranhas feridas, náusea e bebês mal-formados. Então, depois do tsunami de 2005, centenas dos barris jogados apareceram na praia. Começaram a sofrer de doenças em consequencia da radiação, e mais de 300 morreram.

Ahmedou Ould-Abdallah, enviado das Nações Unidas à Somália, informou: "Alguém está jogando material nuclear aqui. Também há chumbo e metais pesados como cádmio e mercúrio - e muito mais". Muito desse material pode ter vindo de hospitais e fábricas européias, que parecem ter passado à máfia italiana a tarefa de "desovar" da forma barata.

Ao mesmo tempo, outros navios europeus estão roubando dos mares somalis sua maior riqueza: comida. Mais de 30 milhões em atum, camarão, lagosta e outras vidas marinhas são roubadas todo ano por imensos navios pesqueiros que ilegalmente pescam nos mares desprotegidos da Somália. De repente, o pescador local perdeu seus meios de sobrevivência e passa fome.
Quem imaginaria que em 2009, os governos de vários países estariam declarando uma nova guerra aos piratas? Nesse exato momento, a Marinha Real Britânica, apoiada por navios de mais de duas dúzias de nações, dos EUA a China, está entrando em águas somalis para atacar os tais vilões.

Piratas?


* Os piratas da Somália estarão a actuar em desespero de causa. Desde 2005 que o fazem após o tsunami de Dezembro de 2004 ter provocado a contaminação da costa do país pelo arrastamento de enorme quantidade de lixo tóxico que maltratou e matou muita gente. Fazem-no porque acham que o seu governo nada fez para os ajudar e que as Nações Unidas, a quem se queixaram, não conseguiu punir os responsáveis, nomeadamente a suiça Achair Partners e a italiana Progresso, com quem os políticos e os líderes das milícias da Somália assinaram acordos no início dos anos 90 para o despejo desse lixo tóxico e radioactivo. Não só não houve penalizações nem indemnizações, como também não houve limpeza e descontaminação das zonas costeiras. Para cúmulo, frotas pesqueiras estrangeiras continuam a dizimar os bancos de pesca e recrutam milícias locais para intimidar os pescadores. Daí a tomarem o destino nas suas próprias mãos foi um ar. A Índia, os EUA e o Reino Unido aparecem agora unidos para abater os piratas, esquecendo os causadores da tragédia, os que, durante anos, despejaram impunemente lixo tóxico e radioactivo ao longo das costas da Somália.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Um tiro, dois mortos” isso é fashion em Israel!

...As estampas variam nas camisetas, todas coloridas, algumas usando fotos e outras usando desenhos e ilustrações. A que mais chocou o mundo é a que diz “Um tiro, dois mortos”. O desenho é uma palestina grávida na mira de um fuzil israelense. Ou seja, com apenas um disparo, o soldado mataria de uma só vez dois palestinos. Essa camiseta surgiu no batalhão Shaked da Brigada Givati.

Mas, existem outros tipos de estamparia. Também chocam as camisetas com fotos de crianças palestinas mortas, mulheres palestinas chorando em túmulos de seus parentes e uma delas mostra um soldado israelense jogando uma bomba em uma mesquita. A camiseta com a criança morta aparece próxima à sua mãe e ao seu lado um ursinho de pelúcia. Cenas macabras que viram moda em peitos de jovens israelenses....

http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=54371

terça-feira, 21 de abril de 2009

NÃO PODEMOS ESQUECER: Faz seis anos que o Iraque foi bombardeado e ocupado.


NÃO PODEMOS ESQUECER: Faz seis anos que o Iraque foi bombardeado e ocupado.


Mas não podemos esquecer os governos e forças políticas que foram cúmplices no desencadear da agressão a um povo, muito embora a oposição e a denúncia, feita por milhões de pessoas em todo o mundo, dos verdadeiros motivos de mais uma agressão imperialista.
Não podemos esquecer as mentiras com que tentaram justificar a agressão, nem as violações do Direito Internacional, dos Direitos Humanos e da Convenção de Genebra que esta agressão representou. Não podemos esquecer que o Iraque não agrediu nem os EUA, nem a Inglaterra, nem Espanha, nem Portugal, e que o único crime daquele povo é habitar uma das regiões mais ricas de hidrocarbonetos. Não podemos esquecer que o Iraque, que foi considerado, em relatórios do PNUD e da OMS, como o país na região de mais elevado nível nas áreas da saúde, da educação e dos direitos sociais, e de elevado nível no âmbito mundial é, neste momento e como conseqüência da ocupação, um país destruído, dividido por questões sectárias e religiosas, vivendo uma situação de catástrofe social, econômica, educacional e sanitária.
Desde a criação em 1920 do seu Estado que os iraquianos se têm evidenciado pelo seu espírito de independência em relação às potências imperialistas, primeiro da Inglaterra e depois dos EUA, nomeadamente em referência à sua maior riqueza natural, o petróleo. Também não podemos esquecer que, em 2001, o governo iraquiano se tentou libertar da ditadura do dólar americano começando a vender o petróleo em euros. E não obstante as vicissitudes da sua história política, inclusive da época negra da ditadura de Saddam Hussein, o Iraque conseguiu ser o Estado da região em que as mulheres tinham mais direitos, em que a cobertura de escolas e de cuidados de saúde igualava muitos países da Europa e ultrapassava largamente a maioria dos do mundo. Era uma sociedade aberta em que conviviam sem problemas muçulmanos (xiitas e sunitas), cristãos, judeus, fossem europeus, árabes ou persas. E não podemos esquecer o embargo de 12 anos que vinham sofrendo, imposto pela ONU, mas por proposta e insistência dos EUA e Inglaterra, e que provocou imenso sofrimento ao povo iraquiano e foi causa, direta e indireta, de cerca de 1,5milhões de mortes, conforme relatórios vários e dados da UNICEF e da OMS. Embargo que, lembrando Von Sponeck (coordenador humanitário da ONU para o Iraque durante o embargo), configurou um genocídio, foi uma violação do Direito Internacional e uma segunda forma de guerra, Também não devemos esquecer a violação do Direito Internacional e as graves conseqüências para a economia e mobilidade causadas pela criação das chamadas “zonas de exclusão aérea”, que os EUA e Inglaterra vinham mantendo, ao arrepio da ONU, e que “permitiam” a estes dois agressores bombardearem freqüentemente o Iraque.
Querem que nos esqueçamos que o Iraque está ocupado e o seu povo envolvido numa guerra contra exércitos ocupantes de 150mil militares além de milhares de mercenários, altamente armados com os mais sofisticados e proibidos armamentos como bombas de fósforo, de fragmentação e urânio empobrecido. Assim como não falam e tentam passar como legítimas eleições efetuadas sob ocupação e controladas pelos ocupantes, e uma “Constituição Política” redigida pelos EUA e feita à medida dos seus interesses. Pois não podemos esquecer que uma das primeiras medidas de P. Bremer, 1º vice-rei do Iraque nomeado pelos EUA, foi roubar a exploração do petróleo ao povo iraquiano e entregá-la às grandes petrolíferas capitalistas, assim como abrir as empresas estatais iraquianas ao grande capital dos EUA.
E é preciso lembrar que só ao povo iraquiano, em condições de liberdade, é legítimo escolher o seu governo, redigir e votar uma Constituição Política e decidir sobre as suas riquezas naturais. Nunca isto poderá ser legítimo sob ocupação, pressão e decretos de ocupantes.

Lisboa, 20/03/2009

segunda-feira, 20 de abril de 2009

A Feira da Morte




Unidos contra a indústria bélica do Estado Nazi-Sionista de Israel!
Feira de Armas LAAD 2009 – Latin América Aero & Defence, de 14 e 17 de abril, no Riocentro, Rio de Janeiro.
http://somostodospalestinos.blogspot.com/

Nós, entidades signatárias deste manifesto, manifestamos nosso veemente repúdio e indignação contra a Feira de artefatos militares e de segurança promovida por transnacionais, com destaque para a moderna e assassina indústria bélica israelense. Trata-se da LAAD 2009 – Latin América Aero & Defence, que transcorreu entre 14 e 17 de abril, no Riocentro.


FORA A FEIRA DA MORTE ISRAELENSE! PELO ISOLAMENTO DIPLOMÁTICO DO NAZI-SIONISTA ISRAEL PELO FIM DA OCUPAÇÃO DA PALESTINA! PELA CONDENAÇÃO DE ISRAEL POR CRIMES DE GUERRA! VIVA A PALESTINA LIVRE, LAICA E SOBERANA!

Estão nos mentindo sobre os piratas!


Quem imaginaria que em 2009, os governos do mundo declarariam uma nova
Guerra aos Piratas? No instante em que você lê esse artigo, a Marinha
Real Inglesa – e navios de mais 12 nações, dos EUA à China – navega
rumo aos mares da Somália, para capturar homens que ainda vemos como
vilãos de pantomima, com papagaio no ombro. Mais algumas horas e
estarão bombardeando navios e, em seguida, perseguirão os piratas em
terra, na terra de um dos países mais miseráveis do planeta. Por trás
dessa estranha história de fantasia, há um escândalo muito real e
jamais contado. Os miseráveis que os governos 'ocidentais' estão
rotulando como "uma das maiores ameaças de nosso tempo" têm uma
história extraordinária a contar – e, se não têm toda a razão, têm
pelo menos muita razão..
Os piratas jamais foram exatamente o que pensamos que fossem. Na "era
de ouro dos piratas" – de 1650 a 1730 – o governo britânico criou,
como recurso de propaganda, a imagem do pirata selvagem, sem
propósito, o Barba Azul que ainda sobrevive. Muita gente sempre soube
disso e muitos sempre suspeitaram da farsa: afinal, os piratas foram
muitas vezes salvos das galés, nos braços de multidões que os
defendiam e apoiavam. Por quê? O que os pobres sabiam, que nunca
soubemos? O que viam, que nós não vemos? Em seu livro Villains Of All
Nations, o historiador Marcus Rediker começa a revelar segredos muito
interessantes.
Se você fosse mercador ou marinheiro empregado nos navios mercantes
naqueles dias – se vivesse nas docas do East End de Londres, se fosse
jovem e vivesse faminto –, você fatalmente acabaria embarcado num
inferno flutuante, de grandes velas. Teria de trabalhar sem descanso,
sempre faminto e sem dormir. E, se se rebelasse, lá estavam o
todo-poderoso comandante e seu chicote [ing. the Cat O' Nine Tails,
lit. "o Gato de nove rabos"]. Se você insistisse, era a prancha e os
tubarões. E ao final de meses ou anos dessa vida, seu salário quase
sempre lhe era roubado.
Os piratas foram os primeiros que se rebelaram contra esse mundo.
Amotinavam-se nos navios e acabaram por criar um modo diferente de
trabalhar nos mares do mundo. Com os motins, conseguiam apropriar-se
dos navios; depois, os piratas elegiam seus capitães e comandantes, e
todas as decisões eram tomadas coletivamente; e aboliram a tortura. Os
butins eram partilhados entre todos, solução que, nas palavras de
Rediker, foi "um dos planos mais igualitários para distribuição de
recursos que havia em todo o mundo, no século 18 ".
Acolhiam a bordo, como iguais, muitos escravos africanos foragidos. Os
piratas mostraram "muito claramente – e muito subversivamente – que os
navios não precisavam ser comandados com opressão e brutalidade, como
fazia a Marinha Real Inglesa." Por isso eram vistos como heróis
românticos, embora sempre fossem ladrões improdutivos.
As palavras de um pirata cuja voz perde-se no tempo, um jovem inglês
chamado William Scott, volta a ecoar hoje, nessa pirataria new age que
está em todas as televisões e jornais do planeta. Pouco antes de ser
enforcado em Charleston, Carolina do Sul, Scott disse: "O que fiz, fiz
para não morrer. Não encontrei outra saída, além da pirataria, para
sobreviver".
O governo da Somália entrou em colapso em 1991. Nove milhões de
somalis passam fome desde então. E todos e tudo o que há de pior no
mundo ocidental rapidamente viu, nessa desgraça, a oportunidade para
assaltar o país e roubar de lá o que houvesse. Ao mesmo tempo, viram
nos mares e praias da Somália o local ideal onde jogar todo o lixo
nuclear do planeta.
Exatamente isso: lixo atômico. Nem bem o governo desfez-se (e os ricos
partiram), começaram a aparecer misteriosos navios europeus no litoral
da Somália, que jogavam ao mar contêineres e barris enormes.. A
população litorânea começou a adoecer. No começo, erupções de pele,
náuseas e bebês malformados. Então, com o tsunami de 2005, centenas de
barris enferrujados e com vazamentos apareceram em diferentes pontos
do litoral. Muita gente apresentou sintomas de contaminação por
radiação e houve 300 mortes.
Quem conta é Ahmedou Ould-Abdallah, enviado da ONU à Somália: "Alguém
está jogando lixo atômico no litoral da Somália. E chumbo e metais
pesados, cádmio, mercúrio, encontram-se praticamente todos”. Parte do
que se pode rastrear leva diretamente a hospitais e indústrias
européias que, ao que tudo indica, entrega os resíduos tóxicos à
Máfia, que se encarrega de "descarregá-los" e cobra barato. Quando
perguntei a Ould-Abdallah o que os governos europeus estariam fazendo
para combater esse “negócio”, ele suspirou: "Nada. Não há nem
descontaminação, nem compensação, nem prevenção."
Ao mesmo tempo, outros navios europeus vivem de pilhar os mares da
Somália, atacando uma de suas principais riquezas: pescado. A Europa
já destruiu seus estoques naturais de pescado pela super-exploração –
e, agora, está super-explorando os mares da Somália. A cada ano, saem
de lá mais de 300 milhões de atum, camarão e lagosta; são roubados
anualmente, por pesqueiros ilegais. Os pescadores locais tradicionais
passam fome.
Mohammed Hussein, pescador que vive em Marka, cidade a 100 quilômetros
ao sul de Mogadishu, declarou à Agência Reuters: "Se nada for feito,
acabarão com todo o pescado de todo o litoral da Somália."
Esse é o contexto do qual nasceram os "piratas" somalis. São
pescadores somalis, que capturam barcos, como tentativa de assustar e
dissuadir os grandes pesqueiros; ou, pelo menos, como meio de extrair
deles alguma espécie de compensação.
Os somalis chamam-se "Guarda Costeira Voluntária da Somália". A
maioria dos somalis os conhecem sob essa designação. [ Ler matéria
importante sobre isso aqui, em:"The Armada is not a solution"].
Pesquisa divulgada pelo site somali independente WardheerNews informa
que 70% dos somalis "aprovam firmemente a pirataria como forma de
defesa nacional".
Claro que nada justifica a prática de fazer reféns. Claro, também, que
há gangsters misturados nessa luta – por exemplo, os que assaltaram os
carregamentos de comida do World Food Programme. Mas em entrevista por
telefone, um dos líderes dos piratas, Sugule Ali disse: "Não somos
bandidos do mar. Bandidos do mar são os pesqueiros clandestinos que
saqueiam nosso peixe”. William Scott entenderia perfeitamente.
Por que os europeus supõem que os somalis deveriam deixar-se matar de
fome passivamente pelas praias, afogados no lixo tóxico europeu, e
assistir passivamente os pesqueiros europeus (dentre outros) que
pescam o peixe que, depois, os europeus comem elegantemente nos
restaurantes de Londres, Paris ou Roma? A Europa nada fez, por muito
tempo. Mas quando alguns pescadores reagiram e intrometeram-se no
caminho pelo qual passa 20% do petróleo do mundo... Imediatamente a
Europa despachou para lá os seus navios de guerra.
A história da guerra contra a pirataria em 2009 está muito mais
claramente narrada por outro pirata, que viveu e morreu no século 4º
AC. Foi preso e levado à presença de Alexandre, o Grande, que lhe
perguntou "o que pretendia, fazendo-se de senhor dos mares." O pirata
riu e respondeu: "O mesmo que você, fazendo-se de senhor das terras;
mas, porque meu navio é pequeno, sou chamado de ladrão; e você, que
comanda uma grande frota, é chamado de imperador." Hoje, outra vez, a
grande frota europeia lança-se ao mar, rumo à Somália – mas... quem é
o ladrão?