sábado, 1 de agosto de 2009

África é nova vítima do imperialismo



Athanasios Pafilis
O Deputado do Parlamento Europeu e secretário-geral do Conselho Mundial da Paz, o grego Athanasios Pafilis, apontou, neste sábado (25), o continente africano como ''a nova vítima das intervenções e rivalidades imperialistas''. Ao participar do painel ''Solidariedade aos povos em luta'', na 2ª Assembléia Nacional do Cebrapaz, ele afirmou que há uma tentativa de controlar as riquezas do país, sinalizada com forte presença militar sob a justificativa de ''controlar'' conflitos locais.

Segundo Pafilis, mais de quatro milhões de pessoas foram mortas no ultimo 15 anos, na África. ''A pobreza e a miséria são uma praga nesse continente que já se constitui como a nova do imperialismo'', disse, afirmando que alguns países expõem uma ''preocupação hipócrita'' com a região.

''A África foi tópico de discussão do encontro do G-8, em Rostock. Mas, por trás de tudo isso está a tentativa de controlar os recursos de produção de riquezas. A presença militar lá, com o pretexto de cuidar dos conflitos, é forte e está aumentando'', colocou o parlamentar.

Ele detalhou que o aumento de tropas militares estrangeiras no continente se deu precisamente na área que é rica em petróleo, no sub-saara. Hoje, há quatro bases francesas em Djibuti, Dakar e Gabão.

Já os Estados Unidos, informou Pafilis, mantêm presença militar em 25 países africanos. ''O último passo foi a fundação do Africom, o comando especial dos EUA na áfrica. A presença militar da França, Inglaterra e União Européis de forma geral também cresce'', colocou, afirmando que a recente visita dos presidente Barack Obama à África nada teve a ver com resgatar o passado do norte-americano.

De acordo com o secretário-geral do CMP, os conflitos na África são resultados exatamente de intervenções imperialistas, ''que encorajam movimentos secessionistas e a instabilidade, transmitindo um retrato de países imersos em conflitos éticos, regionais ou internos, para poder controlar o petróleo e o poder político nesses países por meio de presença militar''.

O deputado grego ponderou ainda sobre as ''esperanças'' depositadas em Obama. Segundo ele, o norte-americano cria ilusões. ''A forma de tratar é diferente do governo Bush, mas no fundo, eles é tudo igual'', declarou, afirmando que o jeito Obama pode até ser mais ''perigoso'', por ''desorienta as pessoas''.

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