quinta-feira, 18 de junho de 2009

O Estado Palestino segundo Israel



Nada melhor do que uma boa mentira, bem contada muitas vezes, até tornar-se uma quase verdade. Desta maneira, Israel falar em Estado Palestino pode parecer um avanço. Para a mídia reacionária, dizer não para a proposta de Israel, é o pretexto ideal esperado e que justificaria todas as agressões ao povo palestino. Segundo o Então, vamos à proposta do que seria o tal “Estado” Palestino:

• Seria completamente desmilitarizado, ou seja, não poderia ter exército, nem marinha, nem aeronáutica e não poderia vigiar suas fronteiras, que também não seriam bem definidas;

• Não poderia ter nenhum controle do seu espaço aéreo;

• Teria que abster-se de forma pública e declarada de qualquer contato e relações com o Irã e o agrupamento político do Hezbolláh, que atua no Líbano;

• Deve reconhecer de público o caráter “judeu” de Israel;

• Não poderia nunca “incitar” o ódio contra judeus;

• A solução para o problema dos refugiados palestinos deve ser encontrado fora das fronteiras de Israel e com a ajuda da comunidade internacional;

AS RAZÕES DOS PALESTINOS:

1. Pouco muda na proposta com relação ao atual formato da Autoridade Nacional palestina. Esta não tem quase nenhuma autonomia, apenas poder de polícia. Não emite dinheiro, nem cobra impostos, nem fiscaliza fronteiras. Assim quer Netanyahu para o “estado” palestino;

2. Não há menção alguma a fronteira desse “estado”, ou seja, nada fala sobre as fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias de junho de 1967. Caso um Estado palestino fosse criado nesse território, ainda assim ele seria apenas 22% da Palestina histórica;

3. Ao pedir que palestinos reconheçam o “caráter judeu” de Israel, proposta do partido fascista Israel Beitenu, de Avigdor Liebermann, seria como se quase 1,5 milhão de palestinos abrissem mão de sua origem e cidadania palestina, abjurando de sua história, de seu passado, de suas tradições e declarasse lealdade e fidelidade a um estado teocrático judaico. Um verdadeiro absurdo essa proposta, inaceitável;

4. Existem quatro milhões de refugiados palestinos, que vivem espalhados pelo mundo. Netanyahu quer que eles nunca mais retornem, nega-lhes esse direito, como todos os governos israelenses negaram nesses 61 anos da Nakba. Ou seja, judeus de qualquer parte do mundo podem retornar quando quiserem e serão recebidos de braços abertos pelos israelenses, mas palestinos tem que continuar no seu exílio forçado;

5. Quanto às colônias e assentamentos, até menciona em não expandi-las mais, mas fala que elas terão um “crescimento natural” (se expandirão sempre);

6. Por fim, a questão da capital. Se os palestinos quiserem, que pensem em outra cidade para ser a sua capital, mas Jerusalém seguirá como “capital indivisível de Israel” (sic).

• Jerusalém seguiria como capital indivisível do Estado de Israel.
Fonte:http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=58145
A posição de Israel contra o Estado Palestino
Lejeune Mirhan

Um comentário:

  1. É muita hipocrisia desse povo judeu que continua querendo controle total sobre o mundo. Se dizem eternas vítimas de preconceitos, mas são eles que não querem que seus filhos casem com pessoas de outras religiões.
    Eles dominam e continuarão dominando o mundo enquanto a força estiver relacionada ao capital.
    A paz só lhes é interessante sob seus propósitos.
    Enquanto não desejar a igualdade, esse povo continuará sendo mal visto por muitos, inclusive per quem não é muçulmano.

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